Não me olhe como vê: o não lugar das memórias, narrativas e trajetórias das mulheres negras nos museus de Salvador

  • Joana A. Flores Silva

Resumo

O presente texto é resultado da dissertação apresentada no Programa de Pós-Graduação em Museologia da Universidade Federal da Bahia, intitulada: A representação das mulheres negras nos museus de Salvador: uma análise em branco e preto, que trata de um estudo de caráter crítico, acerca do lugar que é atribuído às mulheres negras, nas exposições de longa duração, nos museus de tipologia histórica em Salvador, Bahia, Brasil. O artigo propõe uma reflexão durante o processo de significação dos objetos das coleções que tratam somente das mulheres negras no contexto da escravidão. Nesse processo, é discutido o papel dos profissionais de museus e a forma como os mesmos hierarquizam coleções e subalternizam sujeitos. Há uma apropriação do meu lugar de fala como pesquisadora e militante da causa da mulher negra, no contexto de construção de lugares de memórias que tratem das trajetórias e narrativas dessas mulheres. O artigo traz o aporte teórico de Freire (1989), para tratar das relações entre o homem e o mundo; Hooks (2013) sustenta a discussão do lugar da intelectual negra na academia; Menezes (1994) e Cury (2005), para tratar das exposições museológicas, dentre outras contribuições.

Palavras-chave: mulheres negras, museus de Salvador, representação, Museologia.

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Publicado
2017-05-30
Como Citar
Silva, J. A. F. (2017). Não me olhe como vê: o não lugar das memórias, narrativas e trajetórias das mulheres negras nos museus de Salvador. Cadernos De Sociomuseologia, 53(9). https://doi.org/10.36572/csm.2017.vol.53.10