Ad Aeternum https://revistas.ulusofona.pt/index.php/adaeternum <p>Publicação científica internacional de acesso aberto, semestral, publicada pelo&nbsp;<em>Instituto de Cristianismo Contemporâneo</em>, que integra a área de Ciência das Religiões (FCSEA) da Universidade Lusófona e do Grupo Lusófona, e pretende promover e divulgar o conhecimento teológico através da investigação e da reflexão.</p> Edições Universitárias Lusófonas pt-PT Ad Aeternum 2184-8033 Folha de rosto, Ficha Técnica e Indice https://revistas.ulusofona.pt/index.php/adaeternum/article/view/10422 <p>-</p> José Brissos-Lino Direitos de Autor (c) 2025 Ad Aeternum 2025-06-24 2025-06-24 2 10 1 3 Dois afluentes do mesmo rio? https://revistas.ulusofona.pt/index.php/adaeternum/article/view/10421 <p>-</p> José Brissos-Lino Vitor Rafael Direitos de Autor (c) 2025 Ad Aeternum 2025-06-24 2025-06-24 2 10 4 6 UMA PSICOLOGIA DA TEOLOGIA DA MULHER https://revistas.ulusofona.pt/index.php/adaeternum/article/view/9630 <p>O presente artigo estabelece diálogo entre a Psicologia Junguiana e a Bíblia enquanto Literatura. Buscamos, por meio do método sintético construtivo de Carl Gustav Jung e da Antropologia Bíblica, desvelar um fragmento da alma da mulher e da psicologia da Igreja para rememorar o essencial acerca desta instituição: sua identificação com o gênero feminino. De modo que, ao longo deste trabalho, poderemos notar que é impossível falar de Teologia ou de Evangelho sem identificar como se constitui a Psicologia Feminina. Assim, apresentamos uma Psicologia para a Teologia da Mulher.</p> Laís Mendes Vieira Sales Direitos de Autor (c) 2025 Ad Aeternum 2025-06-24 2025-06-24 2 10 7 18 10.60543/aa.v2i10.9630 OBSERVAÇÕES SOBRE A ESTAGNAÇÃO DO PROTESTANTISMO HISTÓRICO NO BRASIL https://revistas.ulusofona.pt/index.php/adaeternum/article/view/10420 <p>O texto em seguimento traz uma análise do Protestantismo Histórico brasileiro, que depois de pouco mais de meio século de existência chega à estagnação. Tratamos de demonstrar os fatores que a desencadearam, com ênfase especial no quadro teórico da Sociologia da Religião. A tese sustentada é que uma estratégia de adaptação equívoca, pela adoção de uma plataforma ideológica incôngrua com sua teologia original durante o regime militar; depois, pela rigidez institucional e doutrinária, promovida pela adoção do fundamentalismo, levou-os aos números negativos atuais. O objetivo é construir um quadro analítico mais amplo possível do Protestantismo de Missão, demonstrando sua decadência, à medida que a sociedade brasileira transitou de um contexto moderno para um pós-moderno. A conclusão não é das mais agradáveis. O Protestantismo de Missão encontra-se em uma situação deveras desconfortável. Nesta transição da persuasão para a presentificação (que estão ligados respectivamente à Modernidade e à Pós-modernidade) sua missiologia fica entre dois processos de desrelevância. Se se mantém atrelado à persuasão e ao dogmatismo que o pressupõe, perde a capacidade de se comunicar com o ouvinte contemporâneo; se migra para a presentificação e para o relativismo que o pressupõe, perde a capacidade de ser teologicamente coerente (pois sua teologia foi construída sobre os fundamentos do modelo persuasivo).</p> Sílvio Murilo M. de Azevedo Direitos de Autor (c) 2025 Ad Aeternum 2025-06-24 2025-06-24 2 10 19 66 10.60543/aa.v2i10.10420 PROFECIAS DE DANIEL CUMPRIDAS EM MACABEUS? https://revistas.ulusofona.pt/index.php/adaeternum/article/view/10161 <p>Dentre os sinais que precederão a vinda de Cristo está o anticristo. Este tema era imperativo aos Pais da Igreja e às Escrituras, porém pouco pesquisado na Igreja atual. Algumas razões para que isso ocorra são: a) a crença de que a Igreja será arrebatada antes do seu surgimento; b) é um tema emblemático e complexo do texto bíblico, delimitado a especulação de quem ou o que seria o anticristo. Ao tratá-lo desta maneira, perde-se a riqueza de alguns textos bíblicos que trazem luz ao assunto, não enquanto especulação, mas inserido em acontecimentos históricos reais. Dentre eles está o texto de Daniel 7 a 12, o qual não utiliza o termo “anticristo”, porém, é possível&nbsp; aproximá-lo da alegoria do “chifre pequeno” e de termos como, “abominável da desolação”, “homem vil”, ao ensino joanino do anticristo.</p> <p>Isso posto, o presente artigo tem como finalidade, sublinhar o abominável da desolação não como especulativo, mas inserido nos futuros acontecimentos históricos, não vivenciados por Daniel, mas reais e convergentes com o <em>modus operandi</em> de Antíoco Epifânio relatados nos livros de 1º e 2º Macabeus.</p> Edson Pereira Lopes Direitos de Autor (c) 2025 Ad Aeternum 2025-06-24 2025-06-24 2 10 67 85 10.60543/aa.v2i10.10161 RESISTIR, SILENCIAR E ESCUTAR https://revistas.ulusofona.pt/index.php/adaeternum/article/view/10222 <p>Este artigo propõe uma reflexão sobre os desafios contemporâneos da pneumatologia no século XXI. Reconhecendo a atualidade da teologia do Espírito de Jürgen Moltmann — especialmente por sua ênfase na experiência concreta do Espírito Santo como justificador, regenerador, santificador e libertador —, delineamos três desafios centrais para a pneumatologia atual: resistir à lógica mercadológica que dissocia espiritualidade de compromisso ético; cultivar o silêncio como caminho para reencontrar o ser de Deus que fundamenta a pneumatologia; e escutar outros saberes contemporâneos para aprofundar a compreensão da ação do Espírito na relação do ser humano consigo mesmo, com o divino e com a sociedade.​</p> Fabricio Veliq Direitos de Autor (c) 2025 Ad Aeternum 2025-06-24 2025-06-24 2 10 86 106 10.60543/aa.v2i10.10222 A ANTROPOLOGGIA TEOLÓGICA DO PADRE MANUEL ANTUNES ENTRE O EXISTENCIALISMO E A TRADIÇÃO AGOSTINIANA-TOMISTA https://revistas.ulusofona.pt/index.php/adaeternum/article/view/10186 <p>O presente artigo propõe uma investigação aprofundada da antropologia teológica de Padre Manuel Antunes, situando o seu pensamento na tensão entre a tradição agostiniano-tomista e as correntes existencialistas que marcaram o século XX. A análise centra-se na reformulação da relação entre a liberdade humana e a comunhão com o divino, defendendo que a liberdade, entendida não como autonomia absoluta, mas como condição de possibilidade, realiza-se plenamente na presença transformadora da graça divina. Neste sentido, a obra de Antunes apresenta uma síntese que transcende as dicotomias tradicionais, integrando rigor académico e experiência de fé numa abordagem que reconhece a complexidade do ser humano e a interdependência entre razão e transcendência.</p> Nuno Miranda Direitos de Autor (c) 2025 Ad Aeternum 2025-06-24 2025-06-24 2 10 107 134 10.60543/aa.v2i10.10186 A CIÊNCIA NO SÉCULO XX E O CONCÍLIO VATICANO II https://revistas.ulusofona.pt/index.php/adaeternum/article/view/10212 <p>Pretende-se neste artigo descrever a temática do Seminário promovido pelo Instituto de Cristianismo Contemporâneo, que terá lugar no dia 22 de Maio de 2025, na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa, sobre a Ciência no século XX e o Concílio Vaticano II, onde se abordará o enorme desenvolvimento científico e tecnológico verificado na sociedade moderna, realçando-se a importância dos valores, de acordo com o modelo transdisciplinar, de modo a haver um desenvolvimento equilibrado da humanidade.</p> Paulo Nuno Martins Direitos de Autor (c) 2025 Ad Aeternum 2025-06-24 2025-06-24 2 10 135 151 10.60543/aa.v2i10.10212 POR QUE A TEOLOGIA PENTECOSTAL NÃO PODE SER SISTEMATIZADA? https://revistas.ulusofona.pt/index.php/adaeternum/article/view/10334 <p>A experiência místico-carismática dos pentecostais, mantida com o anti-intelectualismo inicial e um agressivo ativismo conversionista, preservou por um bom tempo o caráter de movimento do grupo. Porém, como qualquer grupo que se institucionaliza, os pentecostais brasileiros chegaram ao seu estágio escolástico e agora enfrentam o desafio de “sistematizar sua teologia”, ao custo de extinguir a experiência, ou criar um método teológico apofático preservando não só a dimensão mistérica, mas também sua identidade de movimento, fazendo da experiência o <em>locus</em> para sua produção teológica. Como isso é possível? Heidegger, filósofo existencialista, e Lewi Pethrus, líder pentecostal sueco, são colocados em diálogo e ambos convergem ao defender a não sistematização da teologia. O alemão, através do exercício do filosofar, e o sueco, através da experiência. Em comum os dois propõem a impermanência e a tensão do existir. “Lugar” apresentado como um caminho possível para os pentecostais trilharem e assim manter suas características ao mesmo em que podem fazer teologia pentecostal com o caráter de provisoriedade inerente a essa tradição, ou expressão, da fé cristã.</p> Cesar Moisés Carvalho Direitos de Autor (c) 2025 Ad Aeternum 2025-06-24 2025-06-24 2 10 152 173 10.60543/aa.v2i10.10334 NAVEGANDO PELA REALIDADE: DESVENDANDO EQUÍVOCOS E MÁS PRÁTICAS NEOPENTECOSTAIS NO PORTUGAL CONTEMPORÂNEO https://revistas.ulusofona.pt/index.php/adaeternum/article/view/9397 <p>Dentro do panorama religioso mais amplo de Portugal existe o envolvimento de dinâmicas matizadas e há processos complexos que exigem um exame atento, particularmente no que diz respeito às igrejas neopentecostais. As preocupações têm aumentado em relação às práticas do neopentecostalismo em Portugal devido ao seu sincretismo, adaptação e distorção das Escrituras para apoiar o seu desvio.</p> <p>Envolver-se ou examinar rituais associados a rituais neopentecostais é complexo e requer manobras através de intrincados ambientes culturais, religiosos e morais.</p> <p>O movimento neopentecostal é uma variação contemporânea diversificada com uma ampla gama de filosofias, métodos e pontos focais dentro do cristianismo. Embora não seja considerado como evangélico em Portugal e nunca foram aceites como membros da Aliança Evangélica Portuguesa (AEP) (Brissos-Lino, 2023:1), bem como em muitos países do mundo, mesmo assim a maioria das pessoas considera-o equivocadamente como um movimento cristão e até evangélico.</p> Carlos Alberto Rodrigues de Oliveira Direitos de Autor (c) 2025 Ad Aeternum 2025-06-24 2025-06-24 2 10 174 195 10.60543/aa.v2i10.9397 CARISMA E HERESIA NO CRISTIANISMO PRIMITIVO https://revistas.ulusofona.pt/index.php/adaeternum/article/view/10341 <p>Este artigo examina o montanismo como movimento carismático do cristianismo primitivo, destacando a centralidade da profecia e o protagonismo das mulheres, em especial Prisca e Maximila. Analisa-se o papel do Espírito nas primeiras comunidades, a tensão entre a revelação espontânea e autoridade institucional, e a rejeição do movimento cunhado como heresia pela Igreja. Discute-se ainda a dimensão escatológica do montanismo e a sua proposta de renovação espiritual. Conclui-se que o montanismo oferece uma perspetiva alternativa sobre a organização eclesial e a participação feminina na vida da Igreja.</p> Dália Santos Fernandes Direitos de Autor (c) 2025 Ad Aeternum 2025-06-24 2025-06-24 2 10 196 217 10.60543/aa.v2i10.10341 THE PENTECOSTAL CURRENT: A GRACE FOR CHRISTIAN UNITY https://revistas.ulusofona.pt/index.php/adaeternum/article/view/10419 Matteo Calisi Direitos de Autor (c) 2025 Ad Aeternum 2025-06-24 2025-06-24 2 10 218 249 10.60543/aa.v2i10.10419 ENSAIO SOBRE O ARREBATAMENTO AOS FIÉIS EM JESUS (O MESSIAS) https://revistas.ulusofona.pt/index.php/adaeternum/article/view/9384 <p>Grande é o interesse em assuntos relacionados à ‘doutrina das últimas coisas’ (escatologia bíblica), dada a indicação de proximidade do fim da atual era (ERICKSON, 2010; HITCHCOCK &amp; KINLEY, 2019; WALVOORD, 2021; FERREIRA, 2022) – o tema é polêmico e enigmático, pois os registros nas Escrituras são proféticos (ainda não se cumpriram); havendo divergências entre os expositores da temática (SILVA, 2014). Em um tempo de “pane escatológico” (ERICKSON, 2010) (por diferenças de interpretação e convicção), os ‘pré-tribulacionistas’ (da raiz ‘pré-milenista’, crença dominante durante o período apostólico da igreja primitiva) mantém viva a discussão doutrinária (ERICKSON, 2010). No segmento evangélico nacional brasileiro, por exemplo, essa é a crença mais popularizada (sendo a da ramificação pentecostal) (BRASIL, 2022a; BRASIL, 2022b). Por tal perspectiva, como o entendimento doutrinário acerca do ‘arrebatamento’ é assunto de grande importância prática (seletiva, considerando-se a sequência de episódios anteriores, e por vir), e que afeta a natureza da esperança em relação à ‘segunda vinda de Jesus Cristo’ (WALVOORD, 2021); é mister que o seu ensino (sendo popular) não seja deturpado (VILLAS BOAS, 20-?), e conforme a doutrina bíblica, quanto à natureza da ‘grande tribulação’ (PENTECOST, 2006).&nbsp; Como credo popular de uma maioria evangélica brasileira, a perspectiva ‘pré-tribulacionista’ será aqui analisada. Em relação às principais questões acerca da escatologia bíblica, o presente estudo visa contribuir para o alinhamento de perspectivas doutrinárias, considerando-se a expectativa por eventos vindouros, de enorme impacto – numa preparação de crentes em Jesus (o Messias), todos (e os em potencial, ainda não decididos), orientados e fortalecidos na fé.</p> Laís Ferreira Direitos de Autor (c) 2025 Ad Aeternum 2025-06-24 2025-06-24 2 10 250 294 10.60543/aa.v2i10.9384 BREVE PANORÂMICA DO PENTECOSTALISMO https://revistas.ulusofona.pt/index.php/adaeternum/article/view/10146 <p><strong>Origens e desenvolvimento –</strong> O Pentecostalismo mergulha as suas origens na tradição protestante, enfatizando uma experiência direta com o Espírito Santo. Contam-se, entre os movimentos históricos do seu berço, os Anabatistas, os Quakers e os «Grandes Despertamentos» que prepararam o terreno do seu surgimento. No século XX, o movimento ganhou forma, caracterizado por cultos de forte apelo emocional e a busca por restaurar evocadas práticas cristãs primitivas.</p> <p><strong>Características centrais –</strong> Dentre as suas características fundacionais destaca-se o «batismo no Espírito Santo» e as manifestações comunais como a glossolália (falar em línguas); o apelo a camadas sociais desfavorecidas, oferecendo acolhimento e apoio; a presença marcante em diversas denominações cristãs, incluindo o protestantismo e o catolicismo (Movimento Carismático). Na sua evolução, assumiu uma diversidade de expressões, com correntes que variam do tradicional ao neopentecostalismo.</p> <p><strong>Expansão global e ecumenismo –</strong> O Pentecostalismo expandiu-se para além dos Estados Unidos, alcançando a América Latina, África e outros continentes. A Conferência Mundial Pentecostal, fundada por David Johannes du Plessis, promove o diálogo ecuménico, incluindo o relacionamento com a Igreja Católica.</p> <p><strong>Controvérsias –</strong> O movimento, desde o seu início, enfrentou críticas, como a do «cessacionismo», que defendia que, desde o século IV, com o envolvimento da instituição cristã e suas hierarquias em domínios de natureza político-administrativa, teria havido um fim das manifestações do Espírito de uma forma visível. Presentemente, há uma grande diversidade de igrejas pentecostais, e neopentecostais, o que, por vezes, causa algum conflito de relacionamento, entre as mesmas.</p> <p>Presentemente, o Pentecostalismo (ou Movimento Pentecostal) é considerado como um movimento dinâmico e influente, com raízes profundas na história do cristianismo e uma presença global em constante crescimento.</p> Rui A. Costa Oliveira Direitos de Autor (c) 2025 Ad Aeternum 2025-06-24 2025-06-24 2 10 295 301 10.60543/aa.v2i10.10146