@article{Cândido_1, title={CAPÍTULO 1 - MUSEUS: BUSCA DE ADEQUAÇÃO À REALIDADE POR QUE OS MUSEUS?; TRAJETÓRIA DOS MUSEUS E URGÊNCIA DE TRANSFORMAÇÃO; O DISCURSO DA NEUTRALIDADE; OBJETO SIGNIFICANTE; CONCEITOS DE MUSEOLOGIA; O TRABALHO NOS MUSEUS — ATIVIDADES BÁSICAS}, volume={12}, url={https://revistas.ulusofona.pt/index.php/cadernosociomuseologia/article/view/321}, abstractNote={<p class="MsoNormal" style="margin: 0pt; line-height: normal; mso-layout-grid-align: none;"><strong><span style="font-size: 12pt; color: #111111; font-family: ";Times New Roman";,";serif";; mso-fareast-font-family: ’Times New Roman’; mso-fareast-language: PT;">Museus: busca de adequação à realidade por que os museus?</span></strong><span style="font-size: 12pt; color: #111111; font-family: ";Times New Roman";,";serif";; mso-fareast-font-family: ’Times New Roman’; mso-fareast-language: PT;"></span></p><p class="MsoNormal" style="margin: 0pt; line-height: normal; mso-layout-grid-align: none;"><span style="font-size: 12pt; color: #111111; font-family: ";Times New Roman";,";serif";; mso-fareast-font-family: ’Times New Roman’; mso-fareast-language: PT;">Quando pensamos em tratar dos objetos museológicos em nosso trabalho tínhamos em vista a importância da reconstrução dos significados históricos presentes na cultura material. É sabido que, num país como o Brasil, marcado pelo analfabetismo, os vestígios materiais e a memória oral são ainda mais significativos que quaisquer outros no que toca à representação da realidade de uma grande parcela da população, cuja história não é contemplada pelos documentos oficiais e pelos registros escritos de uma elite alfabetizada. Além disso, mesmo em caso onde os documentos escritos são abundantes, o suporte material tem possibilitado uma nova leitura que, se muitas vezes corrobora, em outras tantas levanta questões e hipóteses inusitadas sobre realidades históricas já analisadas à luz das fontes tradicionais.</span></p><p class="MsoNormal" style="margin: 0pt; line-height: normal; mso-layout-grid-align: none;"><span style="font-size: 12pt; color: #111111; font-family: ";Times New Roman";,";serif";; mso-fareast-font-family: ’Times New Roman’; mso-fareast-language: PT;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="margin: 0pt; line-height: normal; mso-layout-grid-align: none;"><strong><span style="font-size: 12pt; color: #111111; font-family: ";Times New Roman";,";serif";; mso-fareast-font-family: ’Times New Roman’; mso-fareast-language: PT;">Trajetória dos museus e urgência de transformação</span></strong><span style="font-size: 12pt; color: #111111; font-family: ";Times New Roman";,";serif";; mso-fareast-font-family: ’Times New Roman’; mso-fareast-language: PT;"></span></p><p class="MsoNormal" style="margin: 0pt; line-height: normal; mso-layout-grid-align: none;"><span style="font-size: 12pt; color: #111111; font-family: ";Times New Roman";,";serif";; mso-fareast-font-family: ’Times New Roman’; mso-fareast-language: PT;">A origem da palavra <em>museu </em>remonta à Grécia antiga, onde o <em>Museion </em>era o templo das Musas, para o qual eram enviados oferendas e objetos de valor. O museu concebido como um complexo cultural reunindo biblioteca, anfiteatro, observatório, jardins botânico e zoológico, existiu já no Palácio de Alexandria, também com o nome de <em>Museion.</em></span></p><p class="MsoNormal" style="margin: 0pt; line-height: normal; mso-layout-grid-align: none;"><em><span style="font-size: 12pt; color: #111111; font-family: ";Times New Roman";,";serif";; mso-fareast-font-family: ’Times New Roman’; mso-fareast-language: PT;"> </span></em><span style="font-size: 12pt; color: #111111; font-family: ";Times New Roman";,";serif";; mso-fareast-font-family: ’Times New Roman’; mso-fareast-language: PT;"></span></p><p class="MsoNormal" style="margin: 0pt; line-height: normal; mso-layout-grid-align: none;"><strong><span style="font-size: 12pt; color: #111111; font-family: ";Times New Roman";,";serif";; mso-fareast-font-family: ’Times New Roman’; mso-fareast-language: PT;">O discurso da neutralidade</span></strong><span style="font-size: 12pt; color: #111111; font-family: ";Times New Roman";,";serif";; mso-fareast-font-family: ’Times New Roman’; mso-fareast-language: PT;"></span></p><p class="MsoNormal" style="margin: 0pt; line-height: normal; mso-layout-grid-align: none;"><span style="font-size: 12pt; color: #111111; font-family: ";Times New Roman";,";serif";; mso-fareast-font-family: ’Times New Roman’; mso-fareast-language: PT;">A questão da neutralidade ao nosso ver é de importância fundamental pois, ao olhar menos avisado, a exposição não se investe de caráter ideológico e mantém-se na tênue linha da exibição descompromissada dos objetos e cuja interpretação possível tem como critérios apenas a estética formal e o valor material.</span></p><p class="MsoNormal" style="margin: 0pt; line-height: normal; mso-layout-grid-align: none;"><span style="font-size: 12pt; color: #111111; font-family: ";Times New Roman";,";serif";; mso-fareast-font-family: ’Times New Roman’; mso-fareast-language: PT;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="margin: 0pt; line-height: normal; mso-layout-grid-align: none;"><strong><span style="font-size: 12pt; color: #111111; font-family: ";Times New Roman";,";serif";; mso-fareast-font-family: ’Times New Roman’; mso-fareast-language: PT;">Objeto significante</span></strong><span style="font-size: 12pt; color: #111111; font-family: ";Times New Roman";,";serif";; mso-fareast-font-family: ’Times New Roman’; mso-fareast-language: PT;"></span></p><p class="MsoNormal" style="margin: 0pt; line-height: normal; mso-layout-grid-align: none;"><span style="font-size: 12pt; color: #111111; font-family: ";Times New Roman";,";serif";; mso-fareast-font-family: ’Times New Roman’; mso-fareast-language: PT;">Em resumo, a função primordial do museu: informar para agir. E o objeto museológico, comumente — mas não necessariamente — desprovido de seu valor de uso original, passa a um nível particular de interpretação e valor, que Baudrillard considera como <em>estatuto simbólico</em>, onde ele não é, de qualquer forma afuncional, nem mera figuração decorativa, porque aí se encontra exatamente para <strong>significar</strong>.</span></p><p class="MsoNormal" style="margin: 0pt; line-height: normal; mso-layout-grid-align: none;"><span style="font-size: 12pt; color: #111111; font-family: ";Times New Roman";,";serif";; mso-fareast-font-family: ’Times New Roman’; mso-fareast-language: PT;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="margin: 0pt; line-height: normal; mso-layout-grid-align: none;"><strong><span style="font-size: 12pt; color: #111111; font-family: ";Times New Roman";,";serif";; mso-fareast-font-family: ’Times New Roman’; mso-fareast-language: PT;">Conceitos de museologia</span></strong><span style="font-size: 12pt; color: #111111; font-family: ";Times New Roman";,";serif";; mso-fareast-font-family: ’Times New Roman’; mso-fareast-language: PT;"></span></p><p class="MsoNormal" style="margin: 0pt; line-height: normal; mso-layout-grid-align: none;"><span style="font-size: 12pt; color: #111111; font-family: ";Times New Roman";,";serif";; mso-fareast-font-family: ’Times New Roman’; mso-fareast-language: PT;">É preciso esclarecer que não há ainda definição firmemente estabelecida de Museologia. Em 1990, expoentes da Museologia como Tomislaw Sola pensavam seus textos e debates como “<em>Contribuição para uma Possível Definição de Museologia </em>” , inclusive com sugestões recorrentes ao uso do nome <strong>patrimoniologia</strong>, mais condizente com o ponto de vista de Sola e aceito por Peter van Mensch (1990)— Presidente do ICOFOM —, segundo o qual <br />“<em>a museologia abrange todo um complexo de teoria e praxis que envolve a conservação e o uso da herança cultural e natural</em>”  e onde “<em>qualquer nível de tratamento prático dos objetos deve ser relacionado a uma visão (teórica) do significado do objeto como fonte de conhecimento”.</em></span></p><p class="MsoNormal" style="margin: 0pt; line-height: normal; mso-layout-grid-align: none;"><strong><span style="font-size: 12pt; color: #111111; font-family: ";Times New Roman";,";serif";; mso-fareast-font-family: ’Times New Roman’; mso-fareast-language: PT;"> </span></strong><span style="font-size: 12pt; color: #111111; font-family: ";Times New Roman";,";serif";; mso-fareast-font-family: ’Times New Roman’; mso-fareast-language: PT;"></span></p><p class="MsoNormal" style="margin: 0pt; line-height: normal; mso-layout-grid-align: none;"><strong><span style="font-size: 12pt; color: #111111; font-family: ";Times New Roman";,";serif";; mso-fareast-font-family: ’Times New Roman’; mso-fareast-language: PT;">O trabalho nos museus — atividades básicas</span></strong><span style="font-size: 12pt; color: #111111; font-family: ";Times New Roman";,";serif";; mso-fareast-font-family: ’Times New Roman’; mso-fareast-language: PT;"></span></p><p class="MsoNormal" style="margin: 0pt; line-height: normal; mso-layout-grid-align: none;"><span style="font-size: 12pt; color: #111111; font-family: ";Times New Roman";,";serif";; mso-fareast-font-family: ’Times New Roman’; mso-fareast-language: PT;">Os museus são canais de comunicação da sociedade atual como seu patrimônio e, para isso, precisam viabilizar tanto a preservação deste patrimônio como o acesso da população a ele, num</span></p><p class="MsoNormal" style="margin: 0pt; line-height: normal; mso-layout-grid-align: none;"><span style="font-size: 12pt; color: #111111; font-family: ";Times New Roman";,";serif";; mso-fareast-font-family: ’Times New Roman’; mso-fareast-language: PT;">processo que passa, minimamente, pelas fases de:</span></p><p class="MsoNormal" style="margin: 0pt; line-height: normal; mso-layout-grid-align: none;"><strong><span style="font-size: 12pt; color: #111111; font-family: ";Times New Roman";,";serif";; mso-fareast-font-family: ’Times New Roman’; mso-fareast-language: PT;">Documentação</span></strong><span style="font-size: 12pt; color: #111111; font-family: ";Times New Roman";,";serif";; mso-fareast-font-family: ’Times New Roman’; mso-fareast-language: PT;"></span></p><p class="MsoNormal" style="margin: 0pt; line-height: normal; mso-layout-grid-align: none;"><strong><span style="font-size: 12pt; color: #111111; font-family: ";Times New Roman";,";serif";; mso-fareast-font-family: ’Times New Roman’; mso-fareast-language: PT;">Conservação/Restauração</span></strong><span style="font-size: 12pt; color: #111111; font-family: ";Times New Roman";,";serif";; mso-fareast-font-family: ’Times New Roman’; mso-fareast-language: PT;"></span></p><p class="MsoNormal" style="margin: 0pt; line-height: normal; mso-layout-grid-align: none;"><strong><span style="font-size: 12pt; color: #111111; font-family: ";Times New Roman";,";serif";; mso-fareast-font-family: ’Times New Roman’; mso-fareast-language: PT;">Comunicação/Educação</span></strong><span style="font-size: 12pt; color: #111111; font-family: ";Times New Roman";,";serif";; mso-fareast-font-family: ’Times New Roman’; mso-fareast-language: PT;"></span></p><p class="MsoNormal" style="margin: 0pt; line-height: normal; mso-layout-grid-align: none;"><span style="font-size: 12pt; color: #111111; font-family: ";Times New Roman";,";serif";; mso-fareast-font-family: ’Times New Roman’; mso-fareast-language: PT;">Respeitadas as proporções e as possibilidades reais de cada museu, não se pode fugir à necessidade de, em tendo um acervo, documentá-lo, tratar de sua conservação e estabelecer uma</span></p><p class="MsoNormal" style="margin: 0pt; line-height: normal; mso-layout-grid-align: none;"><span style="font-size: 12pt; color: #111111; font-family: ";Times New Roman";,";serif";; mso-fareast-font-family: ’Times New Roman’; mso-fareast-language: PT;">comunicação junto ao público, dentro de um propósito fundamental de educar. Sem estes passos não se pode considerar satisfatória uma ação museológica.</span></p&gt;}, number={12}, journal={Cadernos de Sociomuseologia}, author={Cândido, Manuelina Maria Duarte}, year={1}, month={1} }