Freud, Jung e a religião: embates e diálogos entre ciência e religião nos clássicos da Psicanálise

  • Marcel Henrique Rodrigues
  • Luís António Groppo

Resumo

O artigo analisa o debate ciência e religião no interior da psicanálise, destacando algumas obras de Freud e Jung, grandes clássicos do pensamento psicanalítico. A nvestigação que deu origem ao texto tinha como objetivo o estudo da história deste debate no início da psicanálise, ponderando sobre as teorias dos dois citados estudiosos. A pesquisa se fundamentou em um levantamento bibliográfico das obras de Freud e Jung, bem como de comentadores, como Peter Gay e Michael Palmer. Destaca-se a relação entre a concepção sobre a religião de cada autor, Freud e Jung, com suas histórias de vida e experiências na comunidade científica anteriores à psicanálise. Freud, apesar de sua família, que cultivava algumas tradições culturais judaicas, trouxe à psicanálise sua formação universitária em tempos de cientificismo avesso à religião. Jung, cujo pai era pastor protestante, foi muito marcado por experiências algo místicas de alguns de seus pacientes. A teoria do Complexo de édipo de Freud explica sua concepção de religião como momento menor da humanização, como expõe em«totem e tabu». Jung constroi sua teoria da individuação e do inconsciente Coletivo,considerando a religiosidade e seu simbolismo como possíveis caminhos para a evolução dos sujeitos.

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Publicado
2014-06-19
Secção
Parte III: Olhares sobre temas definidores do Estudo das Religiões