Influência do nível desportivo na fisiologia de equinos: serotonina e oxitocina

  • Tiago Mendonça Centro de Investigação Veterinária e Animal (CECAV), Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade Lusófona, Centro Universitário de Lisboa, Portugal.
  • Gesiane Ribeiro Faculdade de Medicina Veterinária- Universidade Lusófona, Centro Universitário de Lisboa
  • João Borges Faculdade de Medicina Veterinária- Universidade Lusófona, Centro Universitário de Lisboa
  • Ricardo Agrícola Faculdade de Medicina Veterinária- Universidade Lusófona, Centro Universitário de Lisboa
  • Daniela Teixeira Faculdade de Medicina Veterinária- Universidade Lusófona, Centro Universitário de Lisboa
  • Lúcia Carvalho Faculdade de Medicina Veterinária- Universidade Lusófona, Centro Universitário de Lisboa
  • Catarina Macedo Faculdade de Medicina Veterinária- Universidade Lusófona, Centro Universitário de Lisboa
  • Carolina Ferraz Faculdade de Medicina Veterinária- Universidade Lusófona, Centro Universitário de Lisboa
  • José Prazeres Faculdade de Medicina Veterinária- Universidade Lusófona, Centro Universitário de Lisboa

Resumo

Objetivos: Variações das concentrações de serotonina sérica e oxitocina plasmática estão associadas a condições que comprometem o bem-estar, tanto em animais como em humanos. Este estudo teve por objetivo comparar as concentrações de serotonina sérica e de oxitocina plasmática em equinos envolvidos em diferentes níveis desportivos.

Material e métodos: Foram colhidas amostras de sangue a 31 cavalos de desporto, divididos em três grupos: lazer, competição amadora e competição de alto nível. As amostras foram colhidas em tubo seco para análise de serotonina sérica, e em tubo com EDTA + aprotinina para análise de oxitocina plasmática. A colheita foi realizada às 9h da manhã para reduzir a variação circadiana dos resultados. As amostras foram imediatamente refrigeradas e conduzidas para o laboratório, onde foram centrifugadas e congeladas para análise posterior. A análise de amostras foi realizada respeitando as normas do fabricante, previamente validadas por Chabaud et al. (2017) e Brantzaeg et al. (2016). Após confirmação das premissas do teste, procedeu-se à análise estatística com recurso ao teste ANOVA para comparar as concentrações de serotonina e oxitocina entre os grupos.

Resultados: Não se observaram diferenças significativas entre os grupos quer para as concentrações séricas de serotonina (p=0,05), quer para as concentrações plasmáticas de oxitocina (p=0,05).

Conclusão: O nível de competição a que um cavalo está exposto não parece apresentar qualquer influência sobre a concentração de serotonina sérica nem de oxitocina plasmática. Sabendo-se que existe um nível variável de stress agudo na prática desportiva, é importante verificar-se o seu impacto no estado emocional do cavalo que retrata condições crónicas. As variações de concentração sanguínea de ambas as moléculas estudadas foram previamente associadas, em animais e humanos, a condições de ansiedade e depressão. Assim, pode concluir-se que as atividades desportivas avaliadas neste estudo não representam um risco elevado de desenvolvimento de doença comportamental.

Palavras-chave: Cavalos, Serotonina, Oxitocina, Etologia, Bem-estar.

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Publicado
2024-12-27