Alterações comportamentais e a patologia gastroduodenal em equinos – estudo preliminar

  • Ricardo Agrícola Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Campo Grande, 376, 1749 - 024 Lisboa
  • João Borges Centro de Investigação Veterinária e Animal (CECAV), Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade Lusófona, Centro Universitário de Lisboa, Portugal.
  • Lúcia Carvalho Faculdade de Medicina Veterinária- Universidade Lusófona, Centro Universitário de Lisboa
  • Daniela Teixeira Faculdade de Medicina Veterinária- Universidade Lusófona, Centro Universitário de Lisboa
  • Tiago Mendonça Centro de Investigação Veterinária e Animal (CECAV), Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade Lusófona, Centro Universitário de Lisboa, Portugal.
  • Gesiane Ribeiro Faculdade de Medicina Veterinária- Universidade Lusófona, Centro Universitário de Lisboa
  • José Prazeres Centro de Investigação Veterinária e Animal (CECAV), Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade Lusófona, Centro Universitário de Lisboa, Portugal.

Resumo

Objectivos: O bem-estar deve ser a base da interação saudável entre pessoas e animais sendo fundamental para o sucesso da relação Homem-Cavalo. Com este estudo preliminar pretendemos relacionar, alterações comportamentais e as patologias gastroduodenais diagnosticadas por endoscopia.

Material e Métodos: Entre 2022 e 2023 foram realizadas endoscopias gastro/gastroduodenais em 52 equinos de desporto, no Hospital de Equinos de Stº. Estevão.  As lesões foram classificadas segundo Sykes et al., 2015.  Na anamnese foram feitas perguntas sobre os seguintes de sinais comportamentais: “falta de apetite”, “cólicas recorrentes”, “baixa performance”, “ventre recolhido”, “aerofagia”, “mastigar no vazio”, “dificuldade de interação”, “hipersialia/salivação”, “irritabilidade”, “comportamento agressivo”, “reação ao apertar da cilha”.

Resultados: Dos cavalos examinados 46,0% apresentaram lesões na região não glandular (Escamosa e Margo plicatus) e dos quais superior a 25,0% nas formas graves (grau 2 e 3); na região pilórica 32,0% e ainda 6,0% no duodeno proximal.

Os sinais comportamentais descritos foram: “falta de apetite” 43,13%, “cólicas recorrentes” 31,37%, “baixa performance” 64,70%, “ventre recolhido” 74,50%, “aerofagia” 15,00%, “mastigar no vazio” 27,45%, “dificuldade de interação”49,01%, “hipersialia/salivação” 27,40%, “irritabilidade” 56,86%, “comportamento agressivo” 39,21%, “reação ao apertar da cilha” 54,90%.

Conclusões: Estes resultados, concordantes com outros estudos, realçam a importância da avaliação comportamental em equinos como primeira linha de rastreio de patologias gastroduodenais. Como estudo preliminar permite-nos indicar que dos cavalos avaliados, todos apresentavam lesões gástricas e/ou duodenais assim como em todos observamos alterações comportamentais. Mais estudos teremos que desenvolver para avaliar a relação efetiva das alterações comportamentais e a tipologia das lesões gastroduodenais.

Palavras-chave: Equinos, Comportamento, Patologia gastroduodenal, Rastreio.

 

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Publicado
2025-01-02