A ANTROPOLOGGIA TEOLÓGICA DO PADRE MANUEL ANTUNES ENTRE O EXISTENCIALISMO E A TRADIÇÃO AGOSTINIANA-TOMISTA
Resumo
O presente artigo propõe uma investigação aprofundada da antropologia teológica de Padre Manuel Antunes, situando o seu pensamento na tensão entre a tradição agostiniano-tomista e as correntes existencialistas que marcaram o século XX. A análise centra-se na reformulação da relação entre a liberdade humana e a comunhão com o divino, defendendo que a liberdade, entendida não como autonomia absoluta, mas como condição de possibilidade, realiza-se plenamente na presença transformadora da graça divina. Neste sentido, a obra de Antunes apresenta uma síntese que transcende as dicotomias tradicionais, integrando rigor académico e experiência de fé numa abordagem que reconhece a complexidade do ser humano e a interdependência entre razão e transcendência.