Judeus, cristãos, muçulmanos: o comum às três religiões monoteístas
Resumo
A ninguém passa despercebido que a relação entre as três religiões monoteístas tem sido de crise. A crise está à nascença das duas que brotaram da primeira. O cristianismo nasceu em ruptura com o judaísmo e foi gerando outras rupturas no seu interior: apesar do ideal de unidade em torno do Espírito de Jesus ressuscitado e das mesmas Sagradas Escrituras, é a religião mais dividida do mundo. O próprio Islão se dividiu à nascença e tem grandes divisões no seu seio.
Hoje, as relações entre as três oscilam entre o diálogo inter-religioso balbuciante e os medos ou tensões que de vez em quando se levantam entre cada uma. Um factor desta tensão é a falta de conhecimento mútuo. Factor de viragem para boas relações é o estudo específico de cada uma e dos pontos comuns que existem entre si: quanto melhor conhecimento, mais compreensão mútua e mais razões haverá para os fiéis de cada uma estimarem os das outras. Precisam de pontes que as unam e de passeios de diálogo que as ponham ao serviço do ser e do fazer humano. Nesta exposição só deixamos o essencial de cada uma e os traços de união entre as três.