A FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO MUSEOLOGO: 7 IMAGENS E 7 PERIGOS

  • Mário De Souza Chagas Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias

Resumo

Para formar alguma coisa é necessário dispor-se das formas e das fôrmas. Como nos esclarece Werner Jaeger em seu livro Paideia, a formação só é possível, na escala humana, quando se tem uma determinada imagem do homem tal como ele deve ser.1 Assim, com referência à formação profissional do museológo é interessante observar que ela implica uma determinada Imagem Museal (IM) - conscientizada ou não - em relação a qual o formando se norteia. Neste caso, se poderia dizer que quanto mais próximo dessa Imagem Museal (IM) típica, o Formando (F) se encontrar, mais adequada seria a sua Formação Profissional (FP).

No entanto, esta questão não se resolve ao ser reduzida a esquemas simplificados ou mesmo a expressões algébricas do tipo:

FP+ - F = IM (a Formação Profissional bem sucedida resulta do Formando ser idêntico à imagem Museal)

FP- - F = IM (a Formação Profissional mal sucedida resulta do Formando ser diferente da Imagem Museal)

E isto por que a Imagem Museal - o norte do formando - ainda que sempre existente é variável, fluída e cambiante. O modelo adotado para a formação do profissional em museologia, tanto poderá ser a imagem conformadora, cristalizada em conteúdos e práticas regressivas, quanto poderá ser a imagem transformadora, projetada no aqui e agora, no devir da sociedade.

Esta breve exposição coloca em evidência um dos problemas centrais da formação do profissional em museologia. É certo que a formação profissional em nenhuma hipótese ocorre solta no espaço social e no tempo social. Em consequência, a imagem típica, anteriormente referida, está historicamente condicionada.

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Como Citar
Chagas, M. D. S. (1). A FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO MUSEOLOGO: 7 IMAGENS E 7 PERIGOS. Cadernos De Sociomuseologia, 2(2). Obtido de https://revistas.ulusofona.pt/index.php/cadernosociomuseologia/article/view/539