v. 2 n. 1 (2017): A Convergência e as Intersecções nas Ciências Sociais

O norte-americano de Atlanta, Henry Jenkins, um estudioso e professor dos meios de Comunicação,  popularizou a expressão "cultura da convergência" em 2006, através da sua obra Convergence Culture. Não analisava a noção da convergência sob um ponto de vista meramente tecnológico, mas sob uma perspetiva antropológica. Definiu a convergência como uma transformação cultural em que as novas tecnologias de comunicação são decisivas, mas considerava a procura social dos consumidores ainda mais determinante. Tratava-se de uma apropriação social de tecnologias digitais para satisfazer o público consumidor, criando uma cultura participativa em busca de soluções coletivas e alimentando uma economia afetiva, capaz de satisfazer os fãs, e não quaisquer consumidores.

   A investigação “convergente” tem avançado com notável sucesso nas ciências da vida, ciências físicas e engenharias, como se pode concluir do relatório conjunto de MIT-AAAS que pode ser consultado em http://news.mit.edu/2011/convergence-0104

que refere de maneira elogiosa à  "The Third Revolution: The Convergence of the Life Sciences, Physical Sciences and Engineering.".

   É desejado que aconteça igual nas áreas das Ciências Sociais onde ainda domina o departamentalismo, para além das outras fraquezas,  analisadas por Thomas S. Kuhn na sua investigação seminal, A estrutura das revoluções cientificas (Lisboa: Guerra e Paz Editora, 2009. Original: The University of Chicago, 1962), e que bloqueiam o aproveitamento significativo do potencial para convergência e inovação.

Publicado: 2018-01-05

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