Mulheres Cabo-Verdianas – Vida Familiar e Profissional: O caso do Bairro São Marçal
https://doi.org/10.60543/ts_iss.vi6.9418
Resumo
Para muitas mulheres, a imigração é uma experiência altamente positiva do ponto de vista do empowerment e da emancipação individual. No entanto, para outras, a experiência implica uma especial vulnerabilidade e exposição a situações de pobreza, discriminação e exploração. Os problemas inerentes à gestão da vida familiar e profissional afetam quase todas as mulheres, mas não de igual forma, sendo mais gravosos para as que vivem em contexto de imigração e têm muitos filhos a cargo. Pretende-se com este trabalho – em que o objeto de estudo são as mulheres cabo-verdianas residentes no Bairro São Marçal, na Portela de Carnaxide, concelho de Oeiras - identificar as estratégias utilizadas por estas mulheres para conciliar a vida familiar e profissional e, perceber as suas características, aprofundar os conhecimentos sobre os seus percursos de vida, trabalho, hábitos culturais e nível de qualificação do agregado. O trabalho de natureza qualitativa teve como amostra 26 entrevistadas, sendo todas mulheres cabo-verdianas. Como resultado, observa-se que em muitas famílias, tende a haver uma demissão das responsabilidades parentais por parte dos homens, sobretudo depois da separação ou do divórcio. Acresce, ainda, a pouca partilha e a alternância de papéis. Para além destas consequências, que se percecionam como problemáticas preocupantes, verifica-se no bairro um número crescente de jovens com absentismo escolar e/ou abandono escolar, que apresentam inclusivamente comportamentos desviantes ou delinquentes.
Downloads
Política de Acesso Aberto:
A Revista facilita acesso livre, gratuito e imediato aos seus conteúdos, de modo a fomentar o intercâmbio de conhecimento a nível global.
Ao submeter o trabalho o(s) autor(es) autorizam a publicação e a disseminação do seu trabalho, sendo responsáveis pelo seu conteúdo.
Código Ético:
A Revista é uma ferramenta digital que permite a divulgação de conhecimento numa sociedade globalizada em que a tecnologia, a comunicação e a informação ocupam um lugar destacado. A publicação promove a igualdade de oportunidades facilitada pelo saber. Com este objetivo, a Revista assume um compromisso com os conteúdos que se publicam, adotando um código ético assente nos seguintes princípios:
- Os textos recebidos têm de ser originais, exclusiva autoria do(s) próprio(s) e inéditos, ou seja, não terem sido publicados, difundidos ou enviados previamente para outra publicação.
- Os autores são responsáveis por solicitar as autorizações que sejam necessárias à publicação dos seus textos, com a respetiva referência das fontes consultadas.
- Os trabalhos financiados por uma entidade deverão assegurar a autorização da mesma para a divulgação dos resultados.
- Todos os trabalhos recebidos serão revistos de acordo com a ferramenta de deteção de plágio em vigor na Universidade Lusófona – Centro Universitário de Lisboa.
- Os artigos recebidos são sujeitos a avaliação por dois especialistas no tema, com a garantia do anonimato do(s) autor(es) e dos avaliadores.
- Os trabalhos em que participem pessoas como objeto da investigação deverão obter consentimento informado de todas elas, no estrito respeito pela confidencialidade dos dados pessoais e, se for necessário, a decisão da Comissão de Ética.
- Na lista dos autores dos trabalhos devem constar unicamente os que contribuíram intelectualmente na elaboração do trabalho, ou seja, que participaram no desenho e execução da investigação, na redação e análise de resultados e aprovaram a versão final do texto.