A importância da Justiça Restaurativa no Brasil. Uma perspectiva sob a ótica da Questão Social
https://doi.org/10.53809/TS_ISS_2023_n.5_84-98
Résumé
O presente trabalho visa demonstrar a importância da justiça restaurativa no Brasil, fazendo sua análise sob a perspectiva da questão social, uma vez que a maioria dos apenados no país encontra-se em situação de vulnerabilidade social, podendo ser fruto das desigualdades sociais oriundas do modelo de produção capitalista. Os altos índices de criminalidade da população que vive em situação de extrema pobreza são decorrentes da exclusão social. A falta de acesso a itens básicos para a sobrevivência digna do ser humano, como educação, saúde, lazer, alimentação, trabalho digno, etc, contribuem para o cometimento de delitos. A punição por meio da judicialização dos conflitos não garante o aprendizado e a reinserção do indivíduo na sociedade, o que favorece a reincidência criminal. Nesse sentido, a justiça restaurativa apresenta-se como uma alternativa eficaz de mediação entre a vítima e o ofensor, por meio da conscientização e responsabilização do indivíduo pelos seus atos. O diálogo entre as partes envolvidas é essencial para a prática restaurativa, em que há a percepção do crime como um dano causado a uma pessoa, e não como uma violação à lei, para que as partes possam, elas mesmas, decidirem o que deve acontecer em relação às consequências do delito e as implicações para o futuro. A justiça restaurativa comunga com os princípios e valores do Serviço social, uma vez que preza pela autonomia da pessoa, e entende que só é possível alcançar a justiça social com uma sociedade mais igualitária, buscando a partir disso, uma equidade na resolução dos conflitos, considerando os aspectos sociais e da dignidade humana, e não somente a punição em si.
##plugins.generic.usageStats.downloads##
Politique de libre accès :
Le journal facilite l'accès libre, ouvert et immédiat à son contenu afin de favoriser l'échange de connaissances au niveau mondial.
En soumettant leur travail, les auteurs autorisent la publication et la diffusion de leur travail et sont responsables de son contenu.
Code de déontologie :
Le Journal est un outil numérique qui permet la diffusion des connaissances dans une société mondialisée où la technologie, la communication et l'information occupent une place prépondérante. La publication promeut l'égalité des chances facilitée par la connaissance. À cette fin, le Journal s'engage sur le contenu qu'il publie, en adoptant un code d'éthique basé sur les principes suivants :
1. Les textes reçus doivent être originaux, de l'auteur ou des auteurs seuls et inédits, c'est-à-dire qu'ils ne doivent pas avoir été publiés, diffusés ou envoyés à une autre publication.
2. Les auteurs sont responsables de la demande des autorisations nécessaires à la publication de leurs textes, avec la mention respective des sources consultées.
3. Les travaux financés par une organisation doivent faire l'objet d'une autorisation de diffusion de la part de cette organisation. 4. Tous les travaux reçus seront examinés conformément à l'outil de détection du plagiat en vigueur à l'Universidade Lusófona - Centro Universitário de Lisboa.
5. Les articles reçus seront évalués par deux experts dans le domaine, en garantissant l'anonymat des auteurs et des évaluateurs.
6. Les articles impliquant des personnes comme sujet de recherche doivent obtenir le consentement éclairé de toutes ces personnes, dans le strict respect de la confidentialité des données personnelles et, si nécessaire, de la décision du comité d'éthique.
7. La liste des auteurs ne doit comprendre que ceux qui ont contribué intellectuellement au travail, c'est-à-dire qui ont participé à la conception et à la réalisation de la recherche, à la rédaction et à l'analyse des résultats et qui ont approuvé la version finale du texte.