Capítulo II - PATRIMÓNIO, MEMÓRIA E PODER: EXPRESSÃO ASSUMIDA PELOS MUSEUS DO ESTADO NOVO.

  • Luís Filipe Raposo Pereira Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias

Resumo

2.1 Noções de Memória e Poder

A estruturação dos valores nacionais e do sentido histórico de cada país, independentemente dos modelos político-institucionais existentes, resulta de uma articulação profunda entre mecanismos selectivos de apropriação valorativa e o entendimento concreto e determinado de um sistema de pensamento ideológico materializado formalmente por uma forma de Poder. Subjacente a esta relação existe noções e sentidos formativos responsáveis pela dialéctica estabelecida, fundados num entendimento antropológico projectado nos fundamentos das teorias comportamentais do ser humano enquanto elemento eminentemente social e gregário, cujo fim último determina a legitimação de um modelo de ordenação comunitário e cultural assente num conjunto de premissas organizadas a partir de elementos associados à fundação da identidade nacional em causa. Percepcionar a forma como esse processo de sedimentação identitária se opera a par da dinâmica estabelecida entre os vários elementos intervenientes no mesmo, implica situar na sua génese dois conceitos responsáveis pela consagração dos discursos históricos que compõem a heterogeneidade nacional dos países situados nas diferentes latitudes do ordenamento mundial; implica perceber o significado profundo de Poder, o sentido concreto que assume e a forma como se relaciona com o entendimento «Memorialístico» enquanto elemento de legitimação de si mesmo.

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Publicado
2012-02-27
Como Citar
Raposo Pereira, L. F. (2012). Capítulo II - PATRIMÓNIO, MEMÓRIA E PODER: EXPRESSÃO ASSUMIDA PELOS MUSEUS DO ESTADO NOVO. Cadernos De Sociomuseologia, 39(39). Obtido de https://revistas.ulusofona.pt/index.php/cadernosociomuseologia/article/view/2669