CAPÍTULO 3 - O ACERVO EM QUESTÃO

  • Adolfo Samyn Nobre Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias

Resumo

“Pensar e agir na Maré a partir da cidade, na cidade a partir da Maré.” (CENTRO DE ESTUDOS E AÇÕES SOLIDÁRIAS DA MARÉ, 2002)

Arquivos, coleções e documentos... palavras que, por si, indicam uma presença material, um suporte de informações, quaisquer que sejam as suas propriedades físicas: uma folha de papel, uma amostra biológica, uma fita magnética. No entanto, é precisamente a partir das ausências implícitas em cada arquivo, em cada coleção, no deslocamento de cada documento do seu contexto original, que se produzem as narrativas, assim como nos cartões perfurados das antigas pianolas ou nos zeros dos códigos binários dos files de computador. Sem estas ausências - furos e zeros - as narrativas não seriam possíveis. A memória é cheia destes vazios. Esquecimentos. Tão indispensáveis ao pensamento quanto à própria memória e ao ato de lembrar. “Só lembramos porque esquecemos”. (GONDAR, 2000)

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Como Citar
Samyn Nobre, A. (1). CAPÍTULO 3 - O ACERVO EM QUESTÃO. Cadernos De Sociomuseologia, 33(33). Obtido de https://revistas.ulusofona.pt/index.php/cadernosociomuseologia/article/view/503