Editorial
Resumo
Camila Moraes Wichers apresenta, o entrelaçamento entre a Sociomuseologia e as vertentes da arqueologia pós-processual como caminho de superação dos obstáculos evidenciados no contexto contemporâneo e sintetiza o estudo de caso da tese, onde apliquou as perspectivas da Sociomuseologia na concepção de um programa de socialização dos recursos arqueológicos resgatados no âmbito da Ferrovia Transnordestina.
Por seu lado Alejandra Saladino, Guilherme de Almeida Machado analisam detalhadamente o historial do Curso de Museologia da UNIRIO, tratando em particular o lugar do ensino e da pesquisa no campo da Arqueologia na formação dos museólogos tal como foi desenvolvido na UNIRIO desde 1932 até a actualidade
No artigo Museus Locais: Fronteiras Reais e Imaginárias, Judite Primo trata os processos museológicos enquanto recursos de narração, nas suas articulações com as ideias de patrimonialização, de cenarização e de teatralização. Neste contexto questiona o desafio de entendermos o património cultural e as referências de memória coletiva de acordo com as condições históricas, sociais, económicas e comunicacionais da contemporaneidade e de as trabalhar numa lógica completamente diferente da lógica que formatou os primeiros museus da modernidade.
António Queirós propõe um olhar sobre o turismo e a sua relação com o património com base numa reflexão sobre economia do turismo e as especificidades da reprodução do capital turístico. Questiona a a natureza e a essência económica da atividade turística tal como tem vindo a evoluir
Patrícia Isabel Veiga Mousinho apresenta o trabalho desenvolvido pelo Laboratório Experimental de Museologia e Educação (LEME) em parceria com um grupo de escolas secundarias no quadro do projecto de investigação/transferência de tecnologia Inovação Expográfica em Contexto Educativo. Este projeto, através da realização duma exposição centrada na utilização de aplicações de Realidade Aumentada teve por objetivo “desenvolver metodologias expográficas para projetos a realizar em contextos escolares; avaliar, adaptar e disseminar recursos expográficos em particular no campo das novas tecnologias de informação e inovação e identificar necessidades e promover o desenvolvimento de novos produtos e processos”.
Finalmente Figurelli Gabriela e Moutinho Mário fazem um balanço de 19 anos de publicação dos Cadernos de Sociomuseologia e de como numa primeira fase, a principal questão tratada era o entendimento dos novos rumos da museologia numa perspectiva de Nova Museologia tal com tinha sido defina na Declaração de Quebec (1984) e anteriormente na Declaração de Santigo do Chile (1972), para posteriormente procurar o aprofundamento da reflexão sobre uma abordagem mais ampla que viria a enquadrar-se no que se reconhece actualmente como Sociomuseologia.
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