A educação museal na perspetiva da sociomuseologia: proposta para uma cartografia de um campo em formação (PhD 2019)
Resumo
Esta tese discute a especificidade da Educação Museal como as aprendizagens tecidas no processo coletivo de apropriação do fazer museal, isto é, no âmbito das museologias participativas ou Sociomuseologia. Busca-se um entendimento da musealização capaz de favorecer o autorreconhecimento das comunidades brasileiras que desenvolvem processos de preservação cultural no terreno da Museologia Social e, ao mesmo tempo, aportar aos campos acadêmico e das políticas públicas fundamentos epistemológicos, teóricos e metodológicos para a legitimação dessas iniciativas em pé de igualdade com as práticas profissionais e institucionais ligadas ao patrimônio. Para tanto, constrói-se uma visão intercultural da Sociomuseologia, ancorada na memória das museologias de[s]coloniais e corazonada a partir da Biologia do Conhecer, do Bem-Viver e do Ubuntu. A investigação se desenvolve como uma pesquisa-ação crítico-colaborativa, comprometida com a justiça cognitiva e a transformação social no sentido da decolonialidade. Parte-se da experiência vivida no Programa Pedagogia da Imagem, implantado no Museu da Imagem e do Som de Campinas – SP, no período entre 2003 e 2018, para a produção de conhecimento situado sobre a Educação Museal. O método analético estrutura a cartografia dos territórios culturais de Campinas, abrangendo suas dimensões distópica – da matriz hegemônica, utópica – das ações educativas fronteiriças, e heterotópica – das invenções transformadoras.
Palavras-chave: Decolonialidade; Educação Museal; Interculturalidade; Método Analético; Sociomuseologia.
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