Entre objetos e vidas: Explorando a Ética em Museus e Coleções de Patologia
Resumo
Este artigo aborda a complexa interseção entre ética, museus e coleções de patologia por meio de uma análise histórica que remonta ao século XVIII, quando a ética médica começou a ser codificada. O texto explora o contexto atual, onde as preocupações éticas se expandem para as coleções médicas. O objetivo deste artigo é analisar as complexas questões éticas envolvidas na preservação e exposição de remanescentes humanos em museus e coleções médicas, considerando a evolução histórica, os desafios contemporâneos e a necessidade de uma abordagem ética contextualizada. Para atingir este objetivo foi adotada uma metodologia que combina pesquisa histórica, análise crítica de literatura acadêmica e reflexão ética para abordar questões relacionadas à preservação e exposição de remanescentes humanos em museus e coleções médicas. Alguns dos resultados alcançados nesta análise crítica incluem a identificação da falta de diretrizes comuns para lidar com remanescentes humanos em museus, ressaltando o equilíbrio delicado entre conservação e acesso. Argumenta-se que uma abordagem ética eficaz deve reconhecer a complexidade dos remanescentes humanos, considerando-os tanto como objetos científicos quanto como testemunhas de vidas vividas, e enfatiza a importância da contextualização histórica para discernir eticamente o tratamento dessas coleções. Em última análise, conclui-se que a ética médica e as abordagens museológicas estão sujeitas a mudanças contínuas, destacando a importância de acompanhar as transformações no campo.
PALAVRAS-CHAVE: Deontologia; Patrimônio científico; Museologia
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