A institucionalização da Museologia no Brasil: a inversão periferia-centro na disputa pelo controle do campo científico

Resumo

No Brasil, a institucionalização do campo da Museologia se deu através da criação dos Cursos na área – um na região Nordeste, na Universidade Federal da Bahia/UFBA e dois na região Sudeste, na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro/UNIRIO e o outro na Fundação Escola Livre de Sociologia de São Paulo/Fesp. Esse campo, composto por agentes em disputa, será investigado neste artigo através de análises sociológicas para, compreendendo seu funcionamento, indagar com congruência os usos das ferramentas utilizadas pelos agentes entre as décadas de 1960 e 1980. Compreender a forma particular que essa lógica assume faz-se especialmente necessário na percepção da constituição do campo Museologia no Brasil, enquanto categoria analítica, visto que é importante considerar as relações de força simbólica existentes nesse espaço no seu momento de constituição. Os profissionais atrelados a cada uma das Escolas problematizaram e desenvolveram, a partir dos estatutos epistemológicos específicos, práticas e concepções teóricas veiculadas ao trabalho técnico em museus, bem como à Museologia e tais perspectivas reverberam no campo até hoje.

Palavras-chave: Campo científico; Museologia no Brasil; Colonialismo interno; Cursos de Museologia.

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Publicado
2023-12-07
Como Citar
Calmon, A. K. (2023). A institucionalização da Museologia no Brasil: a inversão periferia-centro na disputa pelo controle do campo científico. Cadernos De Sociomuseologia, 66(22), 143-155. https://doi.org/10.36572/csm.2023.vol.66.12