Causas e consequências do divórcio em Malanje - Angola
Resumo
O divórcio é, essencialmente, a dissolução do casamento, movido por várias causas e que produz inúmeros efeitos nas demais franjas sociais. O presente artigo busca compreender as causas e consequências do fenómeno divórcio em Malanje. O artigo é de natureza mista, baseia-se na pesquisa documental, recorrendo aos relatórios do Tribunal Provincial de Malanje e da Conservatória do Registo Civil de Malanje. Os dados aqui apresentados são abordados numa dimensão diacrónica, apontando o evoluir dos casamentos celebrados e os divórcios solicitados, isto é, os dissididos e os não dissididos entre 2016 a 2023. Nesta conformidade, para a explicação do fenómeno em destaque, usou-se a teoria funcionalista de médio alcance de Merton. A mesma permitiu-nos explicar, fundamentalmente, a construção do casamento tendo em conta os papéis sociais desempenhados pelos cônjuges na relação, pois o casamento é considerando como uma instituição social onde ocorre o processo de socialização primária. Para esta perspectiva teórica, esta instituição em certa medida pode tornar-se funcional ou disfuncional. Assim, do casamento nasce o divórcio como uma disfunção fruto da desarticulação dos conceitos de função manifesta e latente. O artigo retrata ainda a infidelidade como a principal causa do divórcio e a fuga à paternidade como um dos efeitos dos tantos que existem, que remeteria ao conceito de efeitos perversos da acção de Budon.
Downloads
Política de Acesso Aberto:
A Revista facilita acesso livre, gratuito e imediato aos seus conteúdos, de modo a fomentar o intercâmbio de conhecimento a nível global.
Ao submeter o trabalho o(s) autor(es) autorizam a publicação e a disseminação do seu trabalho, sendo responsáveis pelo seu conteúdo.
Código Ético:
A Revista é uma ferramenta digital que permite a divulgação de conhecimento numa sociedade globalizada em que a tecnologia, a comunicação e a informação ocupam um lugar destacado. A publicação promove a igualdade de oportunidades facilitada pelo saber. Com este objetivo, a Revista assume um compromisso com os conteúdos que se publicam, adotando um código ético assente nos seguintes princípios:
- Os textos recebidos têm de ser originais, exclusiva autoria do(s) próprio(s) e inéditos, ou seja, não terem sido publicados, difundidos ou enviados previamente para outra publicação.
- Os autores são responsáveis por solicitar as autorizações que sejam necessárias à publicação dos seus textos, com a respetiva referência das fontes consultadas.
- Os trabalhos financiados por uma entidade deverão assegurar a autorização da mesma para a divulgação dos resultados.
- Todos os trabalhos recebidos serão revistos de acordo com a ferramenta de deteção de plágio em vigor na Universidade Lusófona – Centro Universitário de Lisboa.
- Os artigos recebidos são sujeitos a avaliação por dois especialistas no tema, com a garantia do anonimato do(s) autor(es) e dos avaliadores.
- Os trabalhos em que participem pessoas como objeto da investigação deverão obter consentimento informado de todas elas, no estrito respeito pela confidencialidade dos dados pessoais e, se for necessário, a decisão da Comissão de Ética.
- Na lista dos autores dos trabalhos devem constar unicamente os que contribuíram intelectualmente na elaboração do trabalho, ou seja, que participaram no desenho e execução da investigação, na redação e análise de resultados e aprovaram a versão final do texto.