SOMUS e SUSTAIN: Justiça Social e Sustentabilidade na Agenda Institucional do ICOM
Abstract
A criação dos comitês internacionais SOMUS (Museologia Social) e SUSTAIN (Museus e Desenvolvimento Sustentável), no âmbito do ICOM, representa um marco na consolidação de agendas da sustentabilidade e do desenvolvimento sustentável no campo museológico. O SOMUS resulta de uma trajetória com protagonismo ibero-americano, sendo herdeiro da Mesa de Santiago (1972) e do Movimento Internacional para uma Nova Museologia (MINOM), e legitima práticas comunitárias e insurgentes que reivindicam a centralidade da justiça social e da participação comunitária nos museus. O SUSTAIN, por sua vez, formaliza um percurso iniciado na década de 1960 e 70, e aprofundado em 2018, fortemente vinculado às agendas nórdicas e europeias de desenvolvimento sustentável. Tal processo articula demandas históricas que são nos dias de hoje associadas à Agenda 2030 e aos Acordos de Paris, com crescente capilaridade na África e na Ásia. Longe de se configurarem como instâncias concorrentes, ambos os comitês encontram pontos de convergência ao inscreverem os museus como agentes de transformação social e reforçando a transversalidade dos ODS. A análise aqui proposta demonstra que a articulação entre as dimensões sociais e de sustentabilidade abrem novos horizontes para a museologia contemporânea, afirmando os museus como espaços de cidadania, diversidade e construção de futuros mais justos e sustentáveis.
Palavras-chave: Museologia Social; Desenvolvimento Sustentável; ICOM; Participação Comunitária; ODS.
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