CAPÍTULO IV - MUSEU DA CHAPELARIA. MEMÓRIAS
Abstract
O caso do Museu da Chapelaria de S. João da Madeira, poder-se-ia quase dizer, é acidental na sua essência, porquanto é exemplo do que acontece quando uma determinada comunidade olhando para si própria descobre-se a ‘olhar-se no seu património’ e nele se revê.
As referências políticas à criação de um museu216 são, durante um período longo, não mais do que a expressão de um conjunto de intenções que não foram em nenhum desses momentos suficientes para delinear com clareza qualquer espécie de intervenção sobre qualquer tipo de património mas, e tão pouco, para acolher no seio da comunidade o ‘entusiasmo’ necessário, como se fosse ‘coisa de outro’ aquilo de que se falava.
Dois acontecimentos mudam contudo o curso desta história: o desenvolvimento de um projecto escolar e o encerramento de uma fábrica. Separados no tempo e nos espaços, estas duas realidades cruzam-se de forma quase profética e despertam na comunidade sanjoanense um sentido de pertença, de (re)descobrimento e de (auto)definição, mas fornecem também a resposta à pergunta basilar que até então não havia sido respondida: que museu quer esta comunidade?
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