Do Risco ao Museu - O Desenho e a prática sociomuseológica

Resumo

Este estudo analisa o «urban sketching» como prática artística contemporânea que transcende a representação visual e explora as suas possibilidades de relação com a prática museológica. Observa a desvalorização generalizada do uso do registo gráfico por membros de uma comunidade tipo e como prática auxiliar em desuso nas áreas da etnografia e da antropologia. Pretende-se investigar como o «sketching» se pode tornar um meio de valorização do registo de memórias de uma comunidade, através da análise quantitativa e comparativa do seu conjunto.

O estudo baseia-se na revisão bibliográfica e na análise crítica de fontes que abordam a evolução histórica do desenho e abrem espaço para o seu cruzamento com a nova museologia interdisciplinar. Apesar do pouco recurso na prática museológica a registos memoriais dos próprios membros da comunidade, estes poderão sugerir surpreendentes caminhos entre museus e semiótica, teoria das representações sociais e psicologia social. O «sketching» não apenas permite introspeções criativas individuais e coletivas, mas também resgata a liberdade artística e democratiza a expressão individual, podendo tornar-se num objeto museológico patrimonial de relevante importância no espectro cultural e social.

 Palavras-chave: Sociomuseologia; Desenho; Socioexpografia; Alentejo; Etnografia.

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Publicado
2025-06-09
Como Citar
Minderico, J. (2025). Do Risco ao Museu - O Desenho e a prática sociomuseológica. Cadernos De Sociomuseologia, 69(25), 121-128. https://doi.org/10.36572/csm.v69i25.10372