Lugares de memória da ditadura: disputas entre o poder público e os movimentos sociais
Resumen
Os lugares de memória, na perspectiva de Pierre Nora (1990), são espaços de eternização de uma memória de um grupo que já não consegue mais ser evocada espontaneamente pela memória coletiva. Há uma grande disputa entre o Estado e os movimentos sociais em relação à preservação do patrimônio histórico que faz alusão ao golpe militar-empresarial brasileiro (1964-1985), no Rio de Janeiro. Pretendemos pensar o lugar político destes lugares memórias, a partir das querelas em torno da patrimonização de alguns espaços e prédios, que fazem apologia ao golpe e à ditadura, na cidade do Rio de Janeiro. A política que tem sido efetuada até agora pelo Estado pode ser definida como conciliatória. Não obstante, os movimentos sociais reclamam a inserção de suas vozes nestes lugares, considerando-as, silenciadas ou esquecidas. Interessa-nos analisar estas disputas e as seus reflexos na sociedade.
Palavras-chave: ditadura militar-empresarial brasileira; memória; disputas; patrimônio.
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