As marcas da loucura no cárcere: uma leitura do arquivo do Museu das Bandeiras (Cidade de Goiás, Brasil)
Resumo
Este artigo se propõe a analisar as marcas deixadas na antiga Casa de Câmara e Cadeia, atual Museu das Bandeiras (MuBan), provavelmente pelos indivíduos lá presos, a partir do arquivo da instituição, que guarda essas vozes e que precisam ser, mais que ouvidas, problematizadas em exposições. Dentre as várias memórias possíveis que a história do edifico do MuBan encerra, desde 1766, quando foi inaugurado, até 1949, quando deixou de ser cadeia, privilegiamos os loucos, ou indivíduos classificados como tal. Essas histórias precisam sair dessas zonas de sombra do passado; porém, trata-se de um passado vivo, posto que também se encontra encrustado não somente nas paredes, mas no prédio como um todo. Para isso, dividimos o artigo em duas partes, na primeira, analisamos os museus como um espaço de memória da loucura; e, na segunda, aprofundamos nas marcas da loucura a partir do arquivo do MuBan. O objetivo principal encontra-se na possibilidade de problematizar essas questões visando à criação de futuras exposições.
Palavras-chave: Museu; Loucura; Arquivo; Goiás.
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