NEM BATMAN, NEM CORINGA: O CAMINHO DO MEIO NOS MUSEUS

  • Mário De Souza Chagas Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias

Resumo

"Cuidado. Há um morcego na porta principal. Cuidado. Há um abismo na porta principal." Assim cantava Jards Macalé no final da década de 60. Naquela ocasião, beirando a casa dos trinta, Batman morcegava alheio ao movimento estudantil, às lutas dos negros e das mulheres e às aventuras e rebeldias dos hippies. Batman estava engajado na defesa dos valores da civilização ocidental, na defesa do capital e do consumo.

Hoje, o homem morcego - um pouco mais envelhecido, solitário e experiente - invade as casas, as ruas, as escolas, os postos de gasolina, os carros, em uma palavra: a vida. O símbolo de Batman não aparece apenas nos céus de Gothan City, mas também nos copos, cadernos, borrachas, chaveiros, plásticos de propaganda eleitoral, camisas, camisetas, camisinhas, bermudas, mochilas, bonés, ténis, vídeos e filmes. É a batmania.

Em relação ao filme Batman deixo aos críticos e aos cinéfilos a discussão em torno da fotografia, dos efeitos especiais, do desempenho dos atores, da trilha sonora e da maquilagem, para me deter na tentativa de nele identificar um campo de interesse para uma abordagem museológica.

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Como Citar
Chagas, M. D. S. (1). NEM BATMAN, NEM CORINGA: O CAMINHO DO MEIO NOS MUSEUS. Cadernos De Sociomuseologia, 2(2). Obtido de https://revistas.ulusofona.pt/index.php/cadernosociomuseologia/article/view/538