A poética da existência nas margens: percursos de uma museóloga-poeta pelos circuitos artísticos da Lisboa Africana.
Resumo
Esta tese intitulada “A poética da existência nas margens: percursos de uma museóloga-poeta pelos circuitos artísticos da ‘Lisboa-Africana’” apresenta os itinerários trilhados para conhecer que arte africana contemporânea é essa apresentada nas galerias de arte da capital portuguesa. Acredito que a ciência deve ser feita com honestidade, humanidade e responsabilidade social. Por isso, tudo o que está escrito aqui é fruto do meu labor no intenso exercício do pensar e escrever em diálogos verbalizados e silenciosos com outras pessoas, textos e imagens. Em Lisboa, há um interesse pelas produções artísticas africanas contemporâneas no campo das artes visuais, por parte de acadêmicos, curadores e galeristas, porém esses trabalhos artísticos ainda ficam restritos ao nicho das galerias de arte com o seu público seleto. Os resquícios coloniais atravessam o que se vê e o que se consome de arte africana contemporânea, muitas vezes, escamoteando o racismo e a xenofobia presentes na sociedade portuguesa. Nesta escrita acadêmico-científica, não me isentei enquanto investigadora-pessoa e transformei as minhas vivências em conhecimento. Fui além de uma amostragem quantitativa de obras no cubo branco galerístico. Entrelacei-me no tecido social urbano, desvelando Lisboa a partir do meu olhar de mulher negra, estrangeira e diaspórica na encruzilhada atlântica.
Palavras-chave: Arte Africana Contemporânea, Atlântico, Encruzilhada, Galerias de Arte, Lisboa.
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