Museologia Social e Pandemia: ações e interações de dois museus de base comunitária no estado do Rio de Janeiro
Resumo
Este artigo apresenta as ações de dois museus de base comunitária inseridos na Rede de Museologia Social do Rio de Janeiro (REMUS-RJ) - o Museu Vivo do São Bento, no município de Duque de Caxias, e o Museu das Remoções, na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro - ao longo do primeiro ano da pandemia de COVID-19, de março a dezembro de 2020, no contexto das restrições de funcionamento dos museus em todo o mundo. A análise leva em conta as reflexões a respeito das transformações conceituais e práticas do campo museal nas últimas décadas, que levaram ao desenvolvimento da Museologia Social, e observa como, frente à pandemia, esses museus atuaram para garantir a continuidade do acesso aos seus acervos. A pesquisa constituiu-se de uma análise qualitativa do conteúdo publicado nas mídias sociais e outras plataformas digitais e da realização de entrevistas com representantes dos museus estudados, observando as interações com o público nesses meios e o alcance proporcionado por essas ferramentas. Essas observações apontam para a importância desses museus como exemplos de aplicação eficaz de políticas públicas e de atuação como dispositivos inovadores, com potencial de transbordamento para o campo museal como um todo, proporcionando maior visibilidade às pautas contra-hegemônicas. Dada a singularidade do momento pandêmico, a documentação dessas experiências pode servir de base para novas análises acerca do papel social dos museus na construção de sociedades plurais e igualitárias.
Palavras-chave: Brasil; COVID-19; Museus Comunitários; Sociomuseologia;
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