Paulo Freire, Educação, Divulgação e Museus de Ciências Naturais: relações e tensões
Resumo
O ano de 2021 celebra o centenário de Paulo Freire, que ocorre em meio ao resgate de conceitos fundantes de sua obra e demonstra a relevância de seu pensamento crítico. Suas ideias já se fazem presentes na Museologia desde a década de 1970, influenciando a pesquisa e prática museológica. Nos museus de ciências naturais, vários trabalhos dos anos de 1990 buscam identificar tendências teóricas e metodológicas da educação em ciências nas exposições e ações educativas. Dentro destas tendências, percebe-se a ausência de produções que se apoiam em teorias críticas e nas ideias de Paulo Freire, o que vem ocorrendo mais recentemente. Neste texto, se discute as articulações entre as pesquisas e práticas dos campos educação e divulgação e os museus de ciências, problematizando se e como as ideias de Paulo Freire foram se fazendo presentes. Foi também intenção problematizar o uso das ideias freireanas no contexto dos museus de ciências, focalizando dois movimentos: a alfabetização científica e as relações entre ciência, tecnologia, sociedade e ambiente. Ao final, propomos alguns caminhos e argumentamos a favor do uso mais intenso de alguns dos conceitos chaves da obra de Paulo Freire nas pesquisas e práticas dos museus de ciências naturais e problematizamos, diante da complexidade, dos conflitos e tensões que permeiam o mundo de hoje, sobre que ciência e sobre qual educação e divulgação científica os museus de ciências querem se apoiar.
Palavra Chave: Paulo Freire; Educação; Divulgação; Museus de ciências
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