Interpelações freirianas, à luz do trabalho com o Instituto Paulo Freire de Portugal (IPFP)
Resumo
Neste texto, apresento reinterpretações subjetivas de Freire, à luz do trabalho com o Instituto Paulo Freire de Portugal (IPFP). Falando a partir do meu lugar particular, expresso a minha voz – experiência, saberes, história e expectativas de mundo – como ser individual inserido num conjunto de localizações estruturais de poder, como o género, o estatuto social e a idade. Estas e outras localizações informam a minha leitura e posicionamentos, enquanto autora e atora da minha história, na relação com as outras pessoas e mediatizada pelo mundo. Começo por apresentar a construção desse meu olhar localizado, e construído na experiência, para, em seguida, passar a refletir sobre a criação do IPFP e destacar reflexivamente, algumas das atividades desenvolvidas por esta organização, nos últimos 20 anos, as quais dão corpo à nossa apropriação e reinvenção do pensamento freiriano. Caminha-se no horizonte de reconstrução humanizante do cuidar e do (re)conhecimento bem como das sociedades a que estes dão – e das quais extraem – sentidos. Não havendo uma preocupação de exaustividade, esta narrativa reflexiva engloba aspetos específicos do trabalho do IPFP, que surgem inseridos num panorama de ação mais global e num trabalho de co-laboração com outras pessoas do instituto.
Palavras-chave: Paulo Freire; Instituto Paulo Freire de Portugal; reconstrução humanizante; narrativa reflexiva
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