Aprender a Ler o Mundo. Adaptação do método de Paulo Freire na alfabetização de crianças

  • Olívia S. L. Leite Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias
  • José B. Duarte Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias

Resumo

Ao visitar escolas como supervisora pedagógica, a investi­gadora notou que as aulas de recuperação em alfabetização eram uma continuidade das aulas regulares e, numa tentativa para procurar soluções para alfabetizar as crianças analfa­betas, planificou uma investigação-acção fundamentada na pedagogia crítica de Freire, em que ela actuou como profes­sora. Numa escola de 218 alunos, a investigadora escolheu 12, oficialmente situados em classes avançadas mas, na rea­lidade, analfabetos, e convidou-os para uma turma especial onde, durante 48 horas e duas vezes por semana, quatro horas de cada vez, ela tentou ensiná-los a ler e escrever. As actividades foram precedidas de intenso diálogo entre os estudantes e a investigadora-professora, por reconhecer a importância fundamental da oralidade na prática da alfa­betização. Mas aquela participação oral permitiu também conhecer os temas da vida real dos estudantes e as "palavras geradoras" correspondentes, de modo a fazer aumentar a sua consciência crítica, como propõe Freire.

Palavras-chave: Alfabetização; pedagogia crítica; palavras geradoras; Paulo Freire.

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