Docência viada, anti-fascista e não bancária
Resumo
Tendo em vista o centenário de Paulo Freire o artigo foi construído com o objetivo de apresentar contribuições da pedagogia Freiriana na luta LGBTQI para uma educação anti-fascista e não bancaria, onde não seja mais admitida lógicas de opressão que interditam as questões dessa comunidade na produção dos conhecimentos pretendidos pela escola. Deste modo, por meio da exploração de uma memória de violência homofônica vivida na minha trajetória docente enquanto professor em turmas de ensino médio da educação básica pública; reflito sobre como o sistema de prescrição curricular inviabiliza a produção de uma educação não bancaria e interessada na realidade imediata dos sujeitos do ato pedagógico, negligenciando assim a produção de uma vida moral e ética no sentido do cuidado com as diferenças presentes no contexto escolar. O que produz um silenciamento em relação as violências de gênero e sexualidade nas situações pedagógicas. Na ocasião dessa violência fui denunciado à delegacia de polícia sob acusação de doutrinação de gênero, o que supostamente se desviava do que estava prescrito no currículo de sociologia. A (auto)biografia é então o terreno metodológico onde se desenvolvem as compreensões presentes neste trabalho.
Palavras-chaves: Paulo Freire. LGBTQI. Anti-fascismo
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