OS DESAFIOS SUSCITADOS AO DIREITO DA CONCORRÊNCIA DA UNIÃO EUROPEIA PELAS GRANDES EMPRESAS TECNOLÓGICAS, EM ESPECIAL OS CASOS DA APPLE E DA AMAZON

  • Maria de Fátima Cabrita Mendes CEAD Francisco Suárez

Resumo

Resumo: Este artigo é composto por duas partes. Na primeira parte procede-se à análise da investigação da Comissão Europeia de 17 de julho de 2019 relativamente à Amazon. Apresenta-se as funções da Buy Box da Amazon e sublinha-se a possibilidade da utilização efetuada pela Amazon da Buy Box constituir um abuso de posição dominante por parte da empresa referenciada. Após concluir que o facto de a Amazon privilegiar os seus produtos e serviços em relação aos concorrentes constitui uma situação de autopreferencing, procedemos a uma breve abordagem deste tipo de comportamento empresarial e o abuso de posição dominante por parte da Amazon ao adotar esta prática.

Na segunda parte releva-se os factos e conclusões constantes da comunicação de objeções e Comissão Europeia enviada à Apple em 2021. Analisam-se duas situações consideradas preocupantes na ótica do Direito da Concorrência. Apresentamos e concordamos com a tese defendida por Geradin e Katsifis (2020) que sustentam que algumas práticas adotadas pela Apple relativamente à sua app store são abrangidas pelo artigo 102.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia. 

 

Palavras‑Chave: Práticas Restritivas, Amazon, Apple, auto-preferência, Abuso de posição dominante

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Publicado
2022-02-06
Secção
Research Outputs