Escolas a bordo: instituições de formação de marinheiros no Brasil e em Portugal

  • Solyane Silveira Lima Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Resumo

O objetivo deste artigo é estabelecer relações entre as instituições de formação de crianças e jovens nos saberes-fazer de marinheiros, tanto no Brasil como em Portugal no final do século XIX. Para tanto o texto está organizado em três momentos: inicialmente dissertaremos a respeito da proposta educativa e do funcionamento das Companhias de Aprendizes Marinheiros do Brasil e em seguida analisaremos as Escolas de Alunos Marinheiros Portuguesas. Por fim, procederemos a uma comparação das duas instituições demonstrando a importância dessa modalidade educacional para os desvalidos, considerando a realidade do Brasil e de Portugal à época. Ressalta-se que a presente análise está alicerçada nos estudos da história da educação social e nas contribuições do sociólogo Norbert Elias. As fontes brasileiras que deram suporte para a realização desse estudo foram as seguintes: legislação nacional, relatos de governo, mensagens presidenciais, correspondências e ofícios diversos. E das portuguesas analisámos legislação, regulamentos da instituição, ofícios, mapas de inspeção, fichas e atestados dos alunos. Assim compreendemos que as duas instituições estudadas foram muito importantes para a compreensão dessa modalidade de educação voltada para os pobres e marginalizados, contribuindo para a incorporação social de crianças e jovens desvalidos, um tipo de aprendizagem que se dava a bordo.

Palavras-chave: aprendizes marinheiros; Brasil; Portugal.

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Publicado
2017-06-02