Como me fui tornando Educador Social: reflexividade, redescoberta de si e (trans)formações pessoais e profissionais
Resumo
Este texto dá conta de como a Pedagogia Social se foi tornando fundamental numa intervenção social que seja socioeducativa e mediadora. Investe, finalmente, no modo como se faz a aprendizagem da Pedagogia Social, do ponto de vista do aprendente, ou de como se constrói a identidade profissional dum Educador Social. Com uma metodologia biográfico-narrativa, recolhem-se vozes de recém-licenciados em Educação Social, para tentar compreender como veem a articulação teoria-práxis no processo formativo no ensino superior, que sentido teórico e prático têm da profissão passados três anos de formação superior e como refletem sobre as suas motivações e predisposições para a mesma. Foram levados a pensar nas suas transformações identitárias e profissionais: quem eu era e como eu era no início do curso? Em quem me transformei durante e após o curso em termos pessoais e técnico-profissionais? O que mudou em mim com a formação em Educação Social? A análise comparativa de quatro casos biográficos mostra uma heterogeneidade de narrativas face às representações sociais sobre o trabalho do educador social e alguma fragilidade no definir o campo, bem como de o distinguir de outros no âmbito da intervenção social. Os autores concluem, também, que três anos são pouco tempo para construir uma identidade profissional tão compósita e abrangente.
Palavras-chave: Pedagogia Social/Educação Social; Incidentes críticos; Reflexividade; Identidade profissional.