Qualidade inclusiva da escola Representações da comunidade educativa de uma escola frequentada por um aluno com Síndroma de Asperger
Resumo
A inclusão escolar, nomeadamente de alunos mais vulneráveis, como aqueles com Síndroma de Asperger (SA), requer acompanhamento metódico, para que a intervenção melhore de modo sustentado. Por isso, com base na exploração das representações da comunidade educativa, questionámos a qualidade inclusiva de uma escola frequentada por um aluno com SA. Na definição das questões específicas teve-se como referência o modelo de escola inclusiva de Ainscow e Booth (2002) e as necessidades educativas dos alunos com SA (Attwood, 2000). Optou-se por estudo de caso, em uma escola escolhida por conveniência; participaram 3 turmas, 3º ciclo, a do 9º com um aluno com SA (Pedro), e adultos significativos no seu processo de inclusão. Usou-se questionário, entrevista, teste sociométrico e análise documental. As representações não ofereceram um retrato plano, nem consensual, da qualidade inclusiva da escola: prevalece uma imagem positiva, mas limitada pela representação do Pedro e pelo seu lugar isolado na estrutura de afinidades da turma. As práticas, por sua vez, integram aspetos valiosos, mas apresentam insuficiente definição em qualquer das fontes consideradas. Assim, concluímos que, apesar da atitude e de algumas práticas inclusivas da escola, a intervenção profissional não se afigura suficientemente robusta no seu planeamento e ação. Por isso, avançamos recomendações nos domínios do planeamento da capacitação social dos alunos com SA, da educação cidadã de todos os alunos e da formação dos profissionais.
Palavras-chave: escola inclusiva; síndroma de Asperger; qualidade inclusiva da escola.
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