Nova equipa editorial da Revista Lusófona de Educação

2020-04-09

A Revista Lusófona de Educação (RLE) surgiu em 2003 como um projeto (científico) editorial do então Observatório de Políticas de Educação e de Contextos Educativos, uma Unidade de Investigação e Desenvolvimento constituída no seio da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, antecessora do atual Centro de Estudos Interdisciplinares em Educação e Desenvolvimento (CeiED).  No Editorial do nº 1 escrevemos que a revista surgia de um “cruzamento de propósitos entre a vontade de afirmar um campo (e um trabalho) científico e um objetivo geral de afirmar a lusofonia como um espaço, não de velhos saudosismos (neo)coloniais [...], mas de afetividades e de cooperação solidária entre comunidades académicas que partilham, para além de uma língua comum forjada numa rica mestiçagem histórica, objetivos de difusão e internacionalização da sua produção científica” (p.6). 

Dez anos depois, em 2013, a RLE passou a ser editada em quatro línguas: para além do português, a sua matriz, o inglês, o espanhol e o francês. Como então se justificava, “foi uma decisão ponderada, que assume o caráter cosmopolita da produção científica e a defesa dessas quatro línguas como línguas de difusão científica (e não apenas o inglês). Esperamos que essa decisão não descaraterize a RLE e, pelo contrário, a permita confirmar como uma revista internacional de primeiro plano nas Ciências da Educação” (Editorial da RLE 24, p. 5). Sete anos depois dessa decisão, na avaliação que fazemos, essa decisão cumpriu plenamente o objetivo de afirmar a RLE como uma ‘revista internacional de primeiro plano’, como o atestam as indexações nas principais redes internacionais e a procura de publicação dos cientistas sociais da educação, não apenas do espaço lusófono, mas crescentemente de outros espaços, em particular do ibero-americano e francófono.

No sentido de reforçar este caminho de internacionalização da RLE, foi constituída uma nova estrutura redatorial, que passa a orientar editorialmente o trabalho da revista. Essa estrutura é composta pelos editores portugueses que asseguravam a coordenação da revista a que agora se associam editores internacionais provenientes de outros espaços linguísticos (e académicos) correspondentes às línguas em que a RLE se publica. Na informação abaixo encontra-se a nova composição dos responsáveis editoriais, incluindo uma breve apresentação do currículo dos atuais editores da RLE. A esse reforço da equipa editorial junta-se a permanência da cooperação com outros centros de investigação, nacionais e internacionais, na organização de dossiers temáticos, associando editores convidados em cada número.

O trabalho científico, em educação como noutros campos do conhecimento, é sempre um trabalho coletivo. E, neste tempo de frias linguagens estabelecidas pelos rankings, torna-se necessário uma ciência social que ajude a um ‘reencantamento’ das políticas de educação e das práticas educativas, que assegurem a universalidade da condição humana e o direito de todos a aprender, na sua diversidade e unidade.

 

Lisboa, 8 de abril de 2020

António Teodoro
Diretor

André D. Robert 
Université Lumière Lyon 2 (França)

Doutorado pela Paris V-Sorbonne. Foi Professor e Diretor da Escola Doutoral EPIC (Education, Psychologie, Information et Communication) da Univ. Lyon 2. Investigador na área da História Social, o seu trabalho tem-se centrado sobretudo sobre políticas educacionais e movimento sindical docente.

Emilio Lucio-Villegas Ramos 
Universidad de Sevilla (Espanha)

Doutorado em Pedagogia, pela Universidad de Sevilla. Professor Catedrático de Educação de Adultos na Universidad de Sevilla, Espanha. Membro do Comité de Direção da European Society for Research on Education of Adults (ESREA) de 2008 a 2019, área em que desenvolve seus trabalhos de investigação a nível nacional e internacional.

Greg Misiaszek
Beijing Normal University (China)

Doutorado em Ciências Sociais e Educação Comparada pela UCLA. Professor Assistente na Beijing Normal University. Seus interesses de investigação estão relacionados com as teorias da globalização, conhecimentos indígenas, teorias críticas, colonialismo, feminismo, pedagogias da paz e teorias culturais críticas dos media. 

Judith Naidorf
Universidad de Buenos Aires (Argentina)

Professora de Pedagogia na Faculdade de Filosofia e Letras, Universidad de Buenos Aires. Investigadora no Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas – CONICET. Desenvolve investigação na América Latina no campo da mobilização do conhecimento e das políticas públicas para o Ensino Superior. 

José V. Brás 
Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias (Portugal)

Doutorado em História da Educação, pela Universidade de Lisboa. Pós-doutorado em História da Educação – 2014 (Universidade de Salamanca) e Socio-História – 2017 (Universidade de Lyon 2). Professor Associado na ULHT. Investigador na área de Educação Física e Desporto. 

Lucimar Dantas 
Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias (Portugal)

Doutorada em Educação (Doutoramento Europeu) pela Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias com estágio na Universidad Complutense de Madrid. É investigadora integrada no CeiED e docente na ULHT. Desenvolve investigação na área da linguagem e da aprendizagem. 

Manuel Tavares 
Universidade 9 de Julho – UNINOVE (Brasil)

Doutorado em Filosofia pela Universidade de Sevilla. Professor permanente do Programa de Pós Graduação em Educação da Universidade Nove de Julho (UNINOVE) – São Paulo- Brasil. Editor fundador da RLE. Investigador no campo da Filosofia e das Ciências Sociais e Ciências da Educação.

Maria Neves Gonçalves
Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias (Portugal)

Doutorada em Ciências da Educação pela Universidade de Évora. Pós-doutorada em História da Educação e em Socio-história (Lyon 2). Professora Associada na ULHT; diretora da Escola Superior de Educação da Lusofonia (IPLUSO). Investigadora integrada do CeiED, na área da História da Educação e da Língua e Cultura Portuguesa.