A Universidade Portuguesa: o abrir do fecho de acesso - o caso dos maiores de 23 anos

  • José Viegas Brás Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias
  • Maria Neves Gonçalves Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias
  • Sofia Fonseca Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias
  • Edineide Jezine Universidade Federal da Paraíba

Resumo

Este artigo integra uma dupla preocupação. Por um lado, procedemos a um enquadramento histórico do processo constitutivo da universidade portuguesa. Por outro, quisemos contemplar uma dimensão empírica. Para darmos seguimento às preocupações enunciadas fizemos (i) uma análise documental onde explorámos diferentes tipos de fontes (manuscritas e impressas) e (ii) aplicámos um questionário a uma amostra de 36 alunos maiores de 23 anos que se encontram a frequentar o Curso de Educação Física e Desporto (69.4%) e de Ciências da Educação (30.6%) da Universidade Lusófona no ano de 2010/2011.Para este trabalho, partimos da tese de que as universidades portuguesas, na sua origem histórica, eram um espaço para a formação das elites, e que na sociedade globalizada do conhecimento de hoje enfrentam o desafio da democratização do acesso a novos públicos. A partir da reconstituição histórica desta instituição secular, procura-se também demonstrar a relação entre poder/saber. A universidade, ao constituir-se um bem público, rompeu as barreiras do elitismo e veio proporcionar o “abrir do fecho de acesso”, o que possibilita uma maior democratização do ingresso no ensino superior. Em síntese, o texto apresenta resultados da investigação do processo de democratização do ensino superior em Portugal.

Palavras-Chave: universidade; acesso; elitismo; democratização.

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Biografia Autor

José Viegas Brás, Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias
Professor do Instituto de Ciências da Educação
Publicado
2012-10-28