Políticas linguísticas de formação e de investigação em universidades públicas portuguesas: das tensões a eixos de reflexão-ação
Resumo
Este artigo foca um estudo com universidades públicas portuguesas com o objetivo de identificar e discutir crenças de responsáveis institucionais sobre: (i) o ensino e aprendizagem de línguas no ES; (ii) a utilização das línguas na investigação científica; (iii) o desenvolvimento de políticas linguísticas institucionais de educação e de investigação. Atores institucionais responsáveis pelas estratégias pedagógicas e pelas atividades de investigação em oito universidades públicas portuguesas responderam a um inquérito por questionário e participaram em entrevistas semiestruturadas. Os resultados evidenciam tendências comuns nas universidades e apontam para uma tensão entre, por um lado, a existência de práticas institucionais que se enquadram em políticas linguísticas de formação e de investigação apoiadas na quase exclusiva utilização da língua inglesa e, por outro lado, a valorização da diversificação do ensino-aprendizagem de línguas no ensino superior e a necessidade de uma ciência mais plurilingue que privilegie o português como língua de ciência. Os resultados permitem delinear um conjunto de linhas de reflexão-ação dirigidas às instituições de ensino superior portuguesas, visando o desenvolvimento de políticas linguísticas institucionais multilingues.
Palavras-chave: universidades públicas portuguesas; políticas linguísticas educativas; políticas linguísticas de investigação.
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