Um olhar sobre a inclusão educativa: conceções dos professores do ensino secundário
Resumo
O direito à educação e oportunidade de acesso e sucesso no ensino secundário (ES) para os alunos com necessidades educativas especiais (NEE) foi adquirido com os diplomas normativos publicados em 2012. Esta nova legislação que decreta a obrigatoriedade de frequência de alunos com NEE no ES suscita interrogações e desafios para os docentes deste nível de ensino. Este artigo apresenta os resultados de um inquérito por questionário, elaborado propositadamente para uma investigação no âmbito do mestrado em Educação Especial, com o intuito de apreender as conceções dos professores do ES face à inclusão dos alunos com NEE no ES. O estudo realizado, de natureza quantitativa, contou com a participação de professores do ES do distrito de Lisboa (N=130), 81% do género feminino e 45% dos professores entre os 41 e os 50 anos de idade. 63% concordam com a frequência dos alunos com NEE no ES; 56% consideram adequada a diversificação de estratégias de ensino na mesma sala de aula; 52% afirmam que os alunos com NEE e com currículo específico individual (CEI) devem permanecer 80% do tempo letivo nos Centros de Recursos para a Inclusão (CRI). Os resultados da análise das variáveis demográficas não se revelaram correlacionadas com as respostas dadas. Conclui-se desta investigação que os professores têm um discurso inclusivo com algumas incongruências, no que diz respeito ao que defendem e ao papel fulcral que desempenham para o sucesso da inclusão.
Palavras-chave: alunos com necessidades educativas especiais; conceções; currículo específico individual; educação inclusiva; professores do ensino secundário.
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